Friday, April 10, 2009

Proximidade/Distanciamento: a moeda em questão.




Para os cristãos, Sexta-Feira Santa, também conhecida como Sexta-Feira da Paixão. Todo dia é dia da paixão. Nenhum dia é santo.
Neste dia alguém me pergunta por quais motivos estou tão distanciado de algumas pessoas que me são (ou eram) muito caras. Não respondo e penso nas moedas. Dois semblantes em uma mesma prensagem. Perspectivas diferentes aonde um lado jamais encontra o outro. Um lado, no entanto, não existe sem que o outro seja chamado à ordem. Os lados são opostos e apresentam um mesmo valor.
Para que houvesse uma aproximação mais aprofundada entre “cara” e “coroa” seria necessário derreter o material bruto que produz a moeda e assim ela deixaria de existir. “Cara” e “coroa” então perderiam as suas identidades, suas funções. Morreriam.
A morte as uniria. Melhor permanecerem em uso e distanciadas, assim se dizem tão próximas.
Os dois lados de uma mesma moeda só se aproximam porque nunca se encontram. Para que sair da padronização?
Os desencontros promovem encontros. Sei disto.
Para Teresa, de Niteroi. A distância entre as cidades nos aproxima via e-mails.

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