Ela, uma morena linda, estatura mediana, seios fartos, lábios carnudos, vinte e poucos anos. Chama-se Marli – Lili para os mais íntimos. Desde criança é míope e a beleza dos seus olhos castanhos claros não se perdeu atrás dos grandes óculos que usa atualmente. Trabalha como atendente em um grande laboratório de análises clínicas de Belo Horizonte. Solteira, cheia de pretendentes.
Ele, homem inteligente, estatura mediana, feições asiáticas, um pouco calvo. Parece ter uns quarenta e cinco, no máximo, cinqüenta anos. É petroleiro e sempre se veste formalmente quando não está em atividades profissionais. Divorciado, pai de três filhos e bastante religioso. Chama-se Vanderley, uma homenagem que os pais fizeram ao cantor Vanderley Cardoso, famoso até alguns anos atrás.
Van, como é conhecido pelos amigos mais íntimos, vai até o laboratório em que Lili trabalha. Precisa fazer um exame chamado de “Espermograma” – coleta de sêmen em um pequeno (não sei se é tão pequeno assim) recipiente de vidro para ser analisado pelo laboratório. Para isto, é necessário que ocorra o manuseio do órgão genital masculino pelo próprio paciente. Não vou dizer aqui que é a famosa “punheta”, “masturbação”, “bronha” etc, porque pode haver menores lendo o blog. O fato é que Van, como disse a nossa Ministra Marta Suplicy, deveria “relaxar e gozar”. Não nos aeroportos, mas na salinha de um laboratório por volta das 6:30h. Teria que trabalhar depois. Quem falou que vida de petroleiro é mole?
Lili – “Bom dia, senhor. Posso ajuda-lo?”.
Van – “Eh...sim...preciso fazer este exame. É a primeira vez que faço. Estou meio sem jeito, sabe?”.Rapidamente dá uma olhada nos seios de Lili e pensa: “não será tão difícil assim enfrentar este tipo de exame”.
Lili da uma olhadinha no pedido do médico e fala: “É, primeira vez é sempre assim mesmo. Já vi muitas pessoas com medo de enfrentar este procedimento quando ainda não o fizeram”. “O senhor nunca fez este tipo de exame antes?”, pergunta Lili com firmeza. “Tem certeza?”. Reforça a impostação da voz sem perder a delicadeza que lhe é peculiar. “É tão comum as pessoas fazerem este tipo de exame pelo menos uma vez no ano”, completou ela.
Van, meio sem jeito, se sentindo meio estranho por não ter se masturbado em laboratório pelo menos uma vez ao ano nas últimas décadas, responde:“sim, é a minha primeira vez em laboratório”. Abre um sorriso com ar de sedução para a jovem Lili e pensa: “acho que faz parte da estratégia de atendimento desta empresa apimentar um pouco o papo antes do exame”. Fica feliz com a possibilidade de se aproximar mais da agora atraente e sexy Lili.
Lili: - “Então, vamos?”. “Não se preocupe que eu conduzo tudo e o senhor pode relaxar que tudo dá certo”.
Van: - “Pode me chamar de você. Fica mais informal e vou perdendo o medo”. Agora Van sentia-se o verdadeiro garanhão mineiro. Iria comer quieto. Fantasiava o exame de diversas formas. “Será que ela vai demorar muito?”, “Existem outras atendentes de plantão?”, “Ah, vou contar tudo para os meus melhores amigos”, pensava o paciente nos pouco segundos em que se deslocava da sala de atendimento à estreita salinha de coleta de material.
Lili – “Está mais calmo, Vanderley?”. Sem querer, a doce Lili o chamou informalmente pelo nome. Nada de senhor, nome completo etc. Ela o chamou de Vanderley. Isto mesmo, Vanderley, com todas as letras. A boca carnuda de Lili havia falado: Vanderley. Era um convite ao sexo. Esperaria a hora certa.
Van: - “Pode me chamar de Van”. Lili o olhou com jeito esquisito.
Lili: - “Como é a sua primeira vez, vou usar esta borrachinha aqui para facilitar o “pega” do material”.
Van pensava então que Lili era mais libertina do que qualquer atendente que já conhecera. Borrachinha para pegar o material? Será técnica nova? Nunca ouviu falado nisto antes. Perdia o medo da primeira vez no laboratório para colher sêmen. Sempre ouvia comentários que havia revistas de sexo, fotos pornográfica, mas uma Lili diabólica, sexy e míope para facilitar a coleta do material era uma idéia pra lá de inovadora. Não faria objeções a tais novidades.
Lili continua: - “Se você sentir qualquer alteração mais significativa no seu corpo, pode me falar, estou aqui para isto mesmo.”. “Caso seja necessário, eu colho o material em uma cama específica para isto. Prefere a cama ou a cadeira?”.
Van estava ficando louco. Pensava em não ir trabalhar depois de todo o exame feito pois a produção de combustíveis não depende apenas dele, carros continuariam rodando. Convidaria Lili para almoçar e dependendo da qualidade do serviço realizado por ela, a pediria em namoro naquela mesma semana. “Ela me chamou de você pela segunda vez, acho que já viu as alterações significativas no meu corpo e me pede para falar sobre elas. Ainda me oferece a cama ou a cadeira como opções. Estou sonhando...”.
Lili, já perdendo um pouco a paciência pergunta: - “prefere a cama ou a cadeira?”.
Van¨- “A cadeira”, respondeu olhando-a firmemente . Não sabia se era a melhor escolha, mas optou pela cadeira.
Lili: - “Sei que você está meio apreensivo, mas é rapidinho”, explicou ela. “Se quiser colocar a cadeira mais pra frente, pode ficar à vontade”. Van não via o momento de tudo começar de fato. Cadeira, borracha, Lili e seus seios fartos, sua disposição de satisfazer o paciente. Ainda bem que tinha um bom plano de saúde. Não esperava que a ação fosse rapidinha. Daria trabalho a Lili.
Lili: - “Comeu algo antes de vir pra cá?”. “Bebeu ontem?”. “Teve relações sexuais nas últimas 24 horas?.
Van: - “Não, mas quero fazer tudo isto daqui a pouco. Comer bem, beber um bom vinho e sair com alguém especial como você”.
Lili sentiu-se meio sem jeito, mas gostou da “cantada” do Van. Disse a ele que não há coletas de sangue sem o jejum de algumas horas.
Van: - “O que? Coleta de sangue? Veja o que está escrito no pedido médico”.
Lili, um pouco apreensiva, ajeita os óculos, aproxima o papel com o pedido médico e lê “Espermograma”. Havia entendido “Hemograma”. Desculpa-se com o Sr. Vanderley e grita sem a menor cerimônia: “Luizão, traz as revistas que este paciente vai fazer aquele exame”. Completa: “É por ali, senhor, naquela sala. O nosso atendente o explicará os procedimentos. Sinta-se à vontade”.
Agradeço a Eliana, uma Consultora Empresarial que trabalha com treinamento profissional e imagem de empresas, por ter me contado o fio condutor deste fato. Fiz algumas alterações.
Para Rodrigo, que do seu esperma nasceu Catherine.
6 comments:
Que bom que voltou a escrever, Paulinho!!! Parabéns pelo texto!! Como tudo o que você escreve, esse também ficou óóótimo!!!
bjao!!
he he he, é o sonho de qualquer punheteiro uma Lili da vida hahahaha.
Isso ai Paulão tocador de bronha.
Dia 05 tô chegando, butecos de BH, me aguardem.
Ótimo! Divertido e refinado como vc. Beijos Lidiane.
Paulo, não esquece no sinônimo mais refinado de todos: a "arte do auto-amor".
hihihi
Ih olha eu aq deixando meu priemiro comentário para o Paulo.
MUITO BOM!!
As pessoas passando pelo corredor do CEPEX e euzinha rindo sozinha (rimou), kkkkkkk
ADOREI
bjim
Bem feito pro tarado do vanvan! Mas
bem que estas clínicas,neste tipo de exame, poderiam, digamos assim...dar uma mãozinha,de preferência com atendentes iguais a Lili.
NETÃO - FORT
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